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domingo, 2 de dezembro de 2012

Até quando é normal a criança trocar letras na fala? Descubra e corrija o problema


Especialista dá dicas de como ajudar os pequenos a desenvolver melhor a fala

Quem não acha uma gracinha os erros de quem está começando a falar? Muitas vezes, pais, parentes e amigos tendem até a reproduzir os erros dos pequenos, fazendo piada. Porém, a repetição e a falta de preocupação com a pronúncia das palavras podem ser prejudiciais para a comunicação das crianças.


Segundo a vice-coordenadora do comitê de linguagem infantil da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Marina Puglisi, os primeiros sons produzidos são os das letras, b, p e m. “Eles são os mais fáceis pois são produzidos apenas com os lábios. Os filhos aprendem ao ver os pais falando e conseguem imitar”, explica. Por isso, as primeiras palavras que eles falam normalmente são “mama” e “papa”.
A partir daí, surgem os sons mais curtos, como o t, q, d. Os mais compridos, como com s e f, são mais difíceis de reproduzir. “A gente espera momentos diferentes para cada tipo de som”, explica a fonoaudióloga. Cada troca na fala é esperada até determinada idade: a repetição, como na troca de “sapato” por “papato”, é feita para simplificar a comunicação e deve ser eliminada até dois anos e meio.
Marina conta que a dificuldade maior fica por conta da junção de duas consoantes, em palavras como “preto”, “braço”, “planta”. Ou ainda, a consoante no final da sílaba, que também pode confundir, como nos vocábulos “porta”, “carta”, “pasta”.
A preocupação deve surgir caso o pequeno atinja os quatro anos e não possua ainda uma fala inteligível. “Não que ele não vá fazer trocas, como as do Cebolinha, por exemplo. Mas nessa idade a conversa já é compreensível”. Porém, não é preciso esperar a criança chegar a essa idade para procurar ajuda profissional. “Os pais precisam prestar atenção à fala dos filhos, se perceberem trocas graves que não conseguem ser corrigidas é preciso procurar uma avaliação”, conta.
Ajuda caseira
Marina dá duas dicas para ajudar a desenvolver as habilidades de conversação em casa:
1) Sempre que a criança falar errado, corrija-a, mas sem brigar ou pedir para repetir a palavra mil vezes. “Se seu filho disser: ‘quero aquele papato’, você simplesmente responde: ‘ah, você quer aquele sapato?’. O treino deve acontecer na situação em que as palavras aparecem, o contexto ajuda na compreensão”, conta.
2) Evite falar de forma errada com ela. “As pessoas tendem a falar de forma infantil com as crianças, porque acham bonitinho. Porém elas estão sendo expostas a um modelo errado e, com isso, vão falar errado”, conta.
Marina Finco

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Fonte: daquidali.com.br

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