A partir dos 3 anos de idade, quando as crianças começam a adquirir um vocabulário mais amplo, é extremamente normal surgir uma dificuldade com a fala, chamada gagueira. A criança pensa numa velocidade muito rápida e a “língua” não acompanha. Enquanto umas pensam em silêncio, outras pensam em voz alta. Na ânsia de conversar, muitas vezes os sons saem “errados”, picados com sílabas repetidas. E, assim, parecem “gaguejar”. Esses aparentes erros recebem o nome de disfluências, que fazem parte do desenvolvimento infantil, do processo de aprendizagem da fala, e tendem a desaparecerem sozinhas. Algo que costuma diminuir por volta dos 4 anos e a desaparecer aos 6 anos. Já a gagueira verdadeira, além de não ser freqüente está associada a movimentos compensatórios. Por exemplo, enquanto a criança tenta falar, bate pés e mãos. Os motivos para esse tique são diversos, inclusive emocionais. Independentemente do tipo de gagueira, os pais não devem brigar com ela. Os especialistas orientam a evitar adiantar a fala, pedir que repita corretamente ou completar a frase, mesmo que a criança fale mais devagar. Quanto mais nervosa ficar, mas terá dificuldades de falar.
O diagnóstico da gagueira só pode ser feito aos 4 anos, quando a criança já responde às perguntas e constrói frases. Se ficar muito preocupado, converse na escola e verifique se o problema acontece lá. Caso as dúvidas persistirem, procure um fonoaudiólogo.
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