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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Seu filho acha que tudo é dele? Saiba como lidar com o individualismo das crianças.



Ele não divide nada, morre de ciúme quando alguém chega perto de você e pensa que é o centro do mundo? Calma, seu filho não é o único, tenha certeza. Entenda por que isso acontece e o ajude a ser uma criança mais sociável e feliz

Bruna Menegueço

Assim como você, é normal a criança ter carinho por algumas coisas específicas. Ela não sabe, entretanto, colocar-se no lugar do outro, nem lidar com a frustração de não ter os desejos atendidos. Então, perde o controle e um ataque de birra começa! Saiba que as crises de egoísmo são quase um pedido de ajuda e, muitas vezes, elas estão testando o limite dos pais. 

A maioria das crianças vai viver a fase do “é tudo meu!”, que atinge o seu ápice por volta de 3 anos. Faz parte do desenvolvimento, do amadurecimento e da formação da personalidade. “Com o passar dos anos, por meio das experiências, ela vai perceber que não dá para viver sozinha e aprende a compartilhar”, diz o psicólogo Yves de La Taille, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e especialista em desenvolvimento moral. 

Até lá – e para ajudar o seu filho nessa conquista social – dê o exemplo e seja paciente. “Como o processo é natural, a insistência em querer que a criança empreste o brinquedo não melhora em nada. Por isso, vá com calma e ofereça possibilidades”, afirma a psicanalista infantil Anne Lise Scappaticci, de São Paulo. “O adulto precisa administrar a situação, e não resolver pela criança”, conclui. 

Claro que, durante um escândalo no meio do shopping, você dificilmente vai se lembrar das explicações científicas. Selecionamos, então, algumas dicas para lidar com as situações mais comuns. 


Seu filho não empresta os brinquedos para ninguém 
Normalmente, os primeiros sinais da dificuldade de dividir surgem a partir do primeiro ano e vão diminuindo aos poucos até os 6, quando espera-se que a criança adquira o senso de viver em sociedade de forma consistente. Caso seu filho ultrapasse essa idade tendo ataques de egoísmo constantes, é melhor procurar um especialista. Pode ser que ele esteja sofrendo com algum acontecimento recente e essa seja uma forma de pedir ajuda. 

Desde pequeno, gestos simples, no dia a dia, ensinam o seu filho a dividir: ofereça uma mordida da bolacha, peça ajuda para arrumar a cama, elogie um desenho que ele mostrar (afinal, ele está compartilhando isso com você!). 

Durante aquele ataque de egoísmo, mostre como é mais legal brincar em grupo. Proponha uma brincadeira com os outros amigos. Pode ser um jogo ou até mesmo esconde-esconde ou passa-anel, passatempos clássicos. No meio da diversão, enfatize como aquele momento junto com os colegas está sendo legal. Se ele não quiser emprestar os brinquedos novamente, relembre aquele dia em que todos jogaram juntos. Proponha, então, que divida o que tem para que a brincadeira se torne ainda mais legal. Se continuar a resistir ao empréstimo, não force a barra nem arranque o brinquedo da mão dele. Dessa forma, a lição se perde em meio ao ataque de raiva. 

Alguns especialistas indicam que os pais designem tempos para cada criança ficar com o brinquedo. Vale lembrar, no entanto, que a percepção do tempo se desenvolve só a partir dos 3 anos. Antes disso, o diálogo e o seu exemplo fazem a diferença. 

Na escola, no shopping e até na casa dos outros: sua filha acha que tudo é dela 

Tudo o que seu filho vê, não importa onde está, aponta e avisa: ‘É meu’. Ao ouvir essas palavras, você já sabe que a tempestade vai começar. Não adianta dizer que não, explicar que o produto é de outra pessoa ou que está à venda. A crise de choro começa e ele só para quando, enfim, consegue o que quer. Então, esperamos ele se distrair para sumir com o tal objeto rapidamente”, confessa. Muita calma nessa hora. Se você ceder aos gritos do seu filho, ele vai aprender que, dessa forma, consegue tudo. “O melhor jeito de evitar a crise de choro é negociar, levando em conta a idade da criança”, orienta a psicóloga Mara Pusch, especialista em comportamentos da infância e adolescência da Unifesp. 

Use sempre uma linguagem que a criança entenda e, de preferência, fale olho no olho. Ou seja, abaixe-se na altura dela. Não custa lembrar: palmadas não educam em nenhuma situação 
Até os 2 anos, leve a criança para outro ambiente para distraí-la. A partir dessa idade, já dá para conversar e sugerir uma solução. Uma dica é dizer para escolher o “objeto de desejo” para o aniversário ou para a próxima data festiva. Mas se não puder comprar, fale a verdade. Quando o “piti” é com algum objeto na casa dos outros, explique que, assim como ela, todo mundo tem as suas coisas preferidas. Enfatize, portanto, que aquilo já tem dono e logo mude o foco da conversa. 

Ele sempre chora na hora de devolver qualquer coisa 

Se você passar por essa saia-justa, comece valorizando a atitude do colega que emprestou o brinquedo, por exemplo. Descreva a situação para a criança: “Olha só que bacana, o seu amigo deixou você brincar com isso, mas agora é hora de devolver.” 

Se o choro persistir e seu filho continuar agarrado ao objeto (com tanta força, que ninguém consegue “apartá-los”), faça com que ele se coloque no lugar do amigo. Pergunte: “Você ficaria feliz se ele não devolvesse o seu carrinho?”. Ainda que ele seja pequeno demais para entender, esses diálogos são importantes. Antes do choro recomeçar, proponha um jogo. Dessa forma, muda a atenção da disputa e todos percebem, outra vez, como é legal brincar juntos. 

Seu filho adora ser o centro das atenções 
Estamos vivendo a geração do “eu”. As preocupações se tornaram mais extrínsecas. Ou seja, dinheiro e fama ganharam mais importância do que afiliação e comunidade. Daí a percepção de que as gerações Y e Z (os nascidos de 1982 para cá) são as mais egoístas de todos os tempos. 

Mas isso, obviamente, não serve de desculpa: toda criança pode, e deve, se tornar uma pessoa sociável. Em casa, não deixe seu filho interromper a conversa dos adultos, explicando que todo mundo tem a sua vez de contar uma história. Controle-se, ainda, para que ele não se torne o seu único assunto (tudo bem ser o principal, mas não o único!). Só assim, ele vai aprender a esperar e entender que não é o centro do mundo. O exemplo dos pais, dos educadores e a convivência com outras crianças é fundamental nesse aprendizado. Afinal, as experiências vividas em grupo são capazes de moldar o nosso jeito de ser. “Na escola, observamos que há vários perfis: o tímido, o bagunceiro e aquele que gosta de aparecer, entre outros”, diz Eliane Aparecida Lima, do Colégio Santa Maria, em São Paulo. “O importante é garantir que todos tenham os mesmos direitos, principalmente em sala de aula, e incentivar cada um a exercitar as suas características mais fracas.” 

Você não pode conversar com ninguém que ela faz um escândalo 
Quem nunca viu uma criança tentando separar os pais durante um beijo? Isso acontece de 2 a 3 anos e é totalmente esperado, principalmente em relação à mãe. Desde que nasceu, ela é a pessoa que sempre esteve ao lado dele. E, cá entre nós, fazia qualquer coisa para não ouvi-lo chorar. Como não se sentir exclusivo? 

Se o seu filho chorar quando você pegar outra criança no colo, relembre alguma situação muito legal que viveram juntos, conte uma história... O objetivo é mostrar a ele que carinho, tempo e atenção podem ser divididos. 

O importante é não ceder a todas as vontades dele e ter paciência. Afinal, todo mundo aprende, mais cedo ou mais tarde, que não dá para ser feliz sem compartilhar, acredita o neuropediatra Paulo Breines, do Hospital e Maternidade São Luiz (SP). Afinal, quem quer tudo para si acaba sozinho. “Aos poucos, a criança começa a perceber que sem o outro a brincadeira não tem graça”, conclui. 

Fontes: Anne Lise Scappaticci, psicanalista infantil (SP), Eliane Aparecida Lima, professora da Educação Infantil, do Colégio Santa Maria (SP), Mara Pusch, psicóloga, especialista em comportamentos da infância e adolescência da Unifesp (SP), Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP), Paulo Breines, neuropediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP), Yves de La Taille, psicólogo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e especialista em desenvolvimento moral; Revista Crescer


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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

40 maneiras de estimular o desenvolvimento do seu filho


Bater palmas, perguntar como foi o dia, ensinar a guardar os brinquedos. Você sabia que ações como essas ajudam as crianças a crescerem saudáveis e felizes? Reunimos ideias simples para você fazer isso na sua casa

Fernanda Montano e Naíma Saleh

Jamie Grill/Getty Images

Você começou a acompanhar o progresso do seu filho muito antes de ele deixar o aconchego da barriga: na décima semana, o coração ficou pronto; na 24ª, ele já tinha a audição desenvolvida e escutava a sua voz; na 30ª, começou a se preparar para o parto e talvez tenha virado de cabeça para baixo! Agora que já está em seus braços, você continua ansioso para acompanhar de camarote todos os sinais do desenvolvimento do seu pequeno e treme só de pensar que ele pode ficar para trás. Bobagem! Preocupação excessiva não vai ajudar em nada, então, tire o pé do acelerador e curta cada fase. Seu filho realizará todas as conquistas fundamentais ao amadurecimento: vai aprender a andar, a falar, deixará as fraldas e, quando você menos esperar, estará andando de bicicleta sozinho (e sem rodinhas!). Só que fará tudo isso no tempo dele. 

Por maiores que sejam as suas expectativas, o desenvolvimento da criança depende, sobretudo, de um fator biológico decisivo e alheio ao controle dos pais. Trata-se da amielinização, o processo de maturação das estruturas nervosas, que levam um tempo até tornarem-se aptas a transmitir impulsos nervosos. Sem que essa estrutura neural esteja preparada, não adianta forçar a barra. É sempre possível oferecer estímulo, mas sem querer apressar nada, pois isso pode, inclusive, gerar frustração. “O ritmo infantil deve ser respeitado. Sem isso, seu filho pode sofrer por ser pressionado a fazer alguma coisa que talvez ele não tenha aptidão ou ainda não esteja pronto”, explica Maria Carolina Villas Bôas, professora do Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz, com foco na formação de professores do ensino fundamental. 

Por isso, deixe de levar tão a sério os marcos do desenvolvimento, que estabelecem, por exemplo, que seu filho com 7 meses conseguirá se sentar sozinho e com 3 anos será capaz de pedalar um triciclo. Considere o que é esperado para cada idade apenas como referência. O progresso infantil não pode ser previsto com a exatidão de uma equação matemática, pois não evolui de maneira homogênea. Pode ser que a criança demore um pouco mais para dizer as primeiras palavras, mas tenha a coordenação melhor em relação aos colegas da mesma idade. Isso não quer dizer que ela terá um problema na fala. Significa apenas que, por algum motivo, ela precisará de um pouco mais de tempo. 

O melhor a fazer é deixar de lado a checklist das capacidades que seu filho precisa desenvolver e brincar muito com ele, pois não há forma de estímulo mais poderosa do que o contato. Um estudo da Universidade da Pensilvânia, EUA, confirmou esse fato. Acompanhando 64 crianças desde o nascimento até os 20 anos de idade, pesquisadores constataram que aqueles que, além de terem brinquedos e livros disponíveis, recebiam atenção dos pais possuíam um QI mais alto quando adultos. As crianças só vão se desenvolver a partir do momento em que perceber a necessidade de interagir. Em outras palavras, podemos dizer que é a vontade de se relacionar com outros seres humanos que vai despertar o desejo de se comunicar, se movimentar e expressar o que sente. 

Para aproveitar ao máximo – e sem exageros – os momentos de interação entre você e o filho, CRESCER listou 40 dicas que estimulam o desenvolvimento dele, divididos em quatro grandes pilares: intelectual, motor, social e emocional. Tudo sem sair da rotina ou precisar gastar uma fortuna com brinquedos. Enquanto isso, vocês fazem o que há de melhor: aprendem e se divertem juntos! 
A mente em expansão 

O intelecto se abre para novos aprendizados: criatividade, lógica, capacidade de improvisação, processos sequenciais. A linguagem se desenvolve enquanto a fantasia e a realidade se dissociam 

1 - Todo dia, tudo igual Desde que nasce é bom acostumar seu filho a seguir uma rotina: estabelecer a hora do banho, de dormir, de comer. Criança gosta disso porque ajuda a formar uma sequência entre os acontecimentos diários, permitindo que ela possa se organizar. Além disso, a rotina está associada a hábitos saudáveis, que são importantes para o crescimento – como ter oito horas de sono e comer direito. 

2 - Arco-Íris O bebê começa a perceber as cores por volta dos 3 meses, quando a visão já não está mais tão embaçada. Por isso, nessa idade o ideal é estimulá-lo com cores fortes, que podem estar em brinquedos ou em um móbile no berço. Eles também adoram contraste: pode reparar que não faltam listras em brinquedos infantis. Com cerca de 1 ano e meio, seu filho já começa a perceber a diferença entre uma cor e outra, ainda que não saiba nomeá-las. A partir dos 2, diga: “Vamos brincar com aquela bola azul” ou “Pegue o tomate vermelho para a salada”. Assim, as cores começam a fazer parte do dia a dia. 

3 - Livro amigo O papel dos pais é fundamental para que as crinaças amem ler – e aprendam a fazer dos livros um prazer, não uma obrigação. Segundo a última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, para 43% dos leitores a mãe foi a principal influência no gosto por ler e, para 17%, o pai foi quem exerceu esse papel. Já a partir do terceiro mês de vida, você pode usar livros de plástico no banho. A partir do sexto, quando o bebê já consegue levar objetos à boca com as mãos, deixe livros de pano no berço – além de poder mordê-los, ele não conseguirá arrancar as páginas! Em todas as idades, fale da capa, das figuras, deixe que a criança vire as páginas, ou seja, estimule ao máximo que ela interaja com esse companheiro. Com 4 anos, peça para seu filho mostrar as letras do alfabeto que conhece ou ler as palavras que conseguir. Depois de alfabetizado, aposte em histórias com muitas rimas, já que nessa fase ele já tem uma consciência fonética considerável. 

4 - Para lembrar A memória é uma forma de armazenamento do conhecimento e deve ser permeada por um contexto. Senão, vira decoreba. Comece ajudando seu filho a memorizar palavras, mostrando o objeto representado. Se vocês estão passeando na rua e cruzam com uma bicicleta, aponte e diga: “Olha, filho, uma bicicleta”. É desse modo que ele vai construindo associações. Desde o primeiro ano, ele já dirá algumas palavras e pode tentar repetir os nomes do que você mostra. Mas é a partir dos 2 anos que a capacidade de conservar informações aumenta. 

5 - De improviso Criar personagens e sonhar com mundos fantásticos. Tudo isso é importante para desenvolver a criatividade dos pequenos. Contribui, inclusive, para a resolução de problemas. Para tornar a narrativa ainda mais empolgante, que tal testar a capacidade de improviso de vocês dois? Separe figuras de objetos, paisagens, cores, alimentos e animais – podem ser desenhadas ou recortadas de revistas. Enquanto um narra, o outro seleciona algumas imagens, cujos elementos retratados devem ser incluídos na narrativa. O desafio é ser capaz de encaixá-los de modo que a narrativa continue fazendo sentido. Aos 7 anos, como a criança já está alfabetizada, você pode ajudá-la a registrar as aventuras de vocês em pequenos livrinhos. 

6 - Pergunte sempre Ao buscar seu filho na escola, você diz: “Como foi seu dia?” E ele responde: “Legal”. Não era exatamente o que você queria ouvir, certo? Para fugir das respostas genéricas, elabore as questões de maneira que a criança precise expressar o que pensa e justificar sua resposta. Pergunte: “O que você fez de mais legal na escola hoje?”. E ela será obrigada a desenvolver um raciocínio mais elaborado, exigindo que trabalhe habilidades linguísticas e lógicas. Aos 3 anos, já consegue relatar experiências pelas quais passou e dizer se foram boas ou ruins. Aos 4, você pode perguntar por detalhes, descrições e nomes dos colegas que estavam com ela. 

7 - Bendita dúvida “Por que cachorro não come pizza?”, “É verdade que a vovó já foi criança?” Ainda que os questionamentos infantis possam desconcertar – e até constranger – os adultos, eles são essenciais para a compreensão de mundo da criança. Principalmente no que diz respeito ao processo de distinção entre real e imaginário (que ocorre por volta dos 4 anos) e da construção de relações entre os elementos conhecidos. Por isso, os “porquês” são muito bem-vindos no seu processo de desenvolvimento. Ainda que você não saiba responder a tudo o que o seu filho pergunta, mostre que a dúvida dele é pertinente e reconheça quando não souber a resposta. 

8 - Feio ou bonito? O senso estético precisa ser desenvolvido aos poucos. Para incentivá-lo, comece separando duas ou três combinações de roupa e peça para a criança escolher entre elas na hora de se vestir. Com 2 anos, ela já pode dizer o que prefere. A partir dos 5, deixe que pegue sozinha o que quer vestir e, mesmo que alguns ajustes sejam necessários, tente manter o conceito que ela criou, preservando, por exemplo, a cor. 

9 - “Falta muito?” A partir dos 5 anos, a criança começa a adquirir uma noção mais elaborada da passagem do tempo. Para ajudá-la nesse processo de construção de linearidade, utilize um calendário para marcar datas importantes. Acompanhe com o seu filho quanto falta para cada evento, deixando-o riscar com um giz cada dia que passa. A partir dos 7 anos, a noção temporal pode evoluir para o conceito de hora. Comece a associar o fato de o relógio marcar meio-dia com a hora do almoço, por exemplo, mostrando a posição dos ponteiros. 

10 - Brincar, guardar, brincar Enquanto seu filho brinca, insista para que ele se envolva em um jogo por vez, o que contribui para a concentração. Não quer mais jogar boliche? Hora de colocar os pinos na caixa para só depois começar uma brincadeira nova. A partir dos 2 anos, seu filho pode ajudar a guardar o brinquedo que estava usando antes de pegar um novo, assim, ele desenvolve também o senso de organização. 
O motor do crescimento
 
Conforme seu filho se desenvolve, a consciência do próprio corpo, o equilíbrio e a agilidade aumentam. Para ajudar nesse processo, A ordem é fortalecer a musculatura 

11 - Ginástica labial É fundamental para o desenvolvimento da fala fortalecer os músculos faciais envolvidos na emissão dos sons. A força que o recém-nascido faz na amamentação, sugando o leite da mãe, já contribui para trabalhar essa área. Se ele precisar de mamadeira, prefira as de bicos ortodônticos. Além de ser mais anatômico e confortável, o furo para a saída de leite é menor. Assim, o bebê é obrigado a aplicar mais força para a sucção, como fazia no peito, o que fortalece os músculos da região facial. 

12 - De barriga para baixo Seu filho começa a fortalecer o corpo entre o primeiro e o sexto mês. Como o desenvolvimento motor grosso (que envolve as atividades dos grandes músculos, como sentar e andar) se dá no sentido céfalo-caudal (da cabeça para os pés), o primeiro passo é fortalecer a musculatura do pescoço. Já a partir do primeiro mês, deixe seu filho ao menos dois períodos por dia apoiado de barriga para baixo em uma superfície plana e firme. Desse modo, o bebê pode se apoiar com segurança e levantar a cabeça. Aos 6 meses, ele vai começar a se sentar sozinho. Arrume várias almofadas ao redor dele para ajudá-lo a se firmar. 

13 - Menos colo, mais chão! É claro que o aconchego é uma delícia e você tem vontade de ficar com seu bebê o mais perto possível a maior parte do tempo. No entanto, permitir que os pequenos se movam livremente é fundamental a partir dos 6 meses. Isso porque, normalmente, as crianças que têm um desenvolvimento motor superior são as que não ficam tanto tempo no colo. 

14 - Clap, clap, tum, tum Um dos melhores jeitos de desenvolver a coordenação motora é ensinar ritmo ao seu filho. Para isso, basta utilizar as mãos. A partir do sétimo mês, bata palmas com ele ao som das músicas favoritas de vocês, intercalando canções lentas com outras aceleradas, para que ele possa perceber a diferença.Você vai ver que seu bebê conseguirá bater as mãozinhas – ainda que de um jeito meio desengonçado! 

15 - Lápis e papel à mão A arte é sempre uma importante aliada do desenvolvimento. Perto dos 14 meses, seu filho é capaz de segurar o lápis e fazer traços. A folha representa uma área que a criança não pode ultrapassar enquanto rabisca. Por isso, esse exercício ajuda a desenvolver a noção de espaço. Fique ao lado dele e explique por que não se deve extrapolar a fronteira do papel, mostrando os limites da folha que devem ser respeitados. 

16 - Tudo cabe A partir dos 7 meses, o bebê começa a segurar objetos e, por volta de 1 ano e meio, já pode começar a fazer encaixes. Além de ser um bom exercício para a coordenação, trabalha também a parte visomotora – ou seja, por meio da visão, a criança tem a noção de qual peça caberá dentro da outra. Para que seu filho se divirta e aprenda com o tira e põe, ele pode brincar com panelas e canecas plásticas enquanto você prepara o almoço. A partir dos 2 anos e meio, também ofereça quebra-cabeças pequenos (cerca de seis peças). 

17 - Degrau por degrau 
Subir escadas é um ótimo exercício para desenvolver a agilidade e a coordenação motora grosseira, além de auxiliar no fortalecimento da musculatura. Com 1 ano de idade, a criança já consegue executar a atividade, mas ainda colocando os dois pés no mesmo degrau, um de cada vez. Com o crescimento, vai ganhando força e equilíbrio até que, perto dos 3 anos, provavelmente subirá colocando um pé em cada degrau alternadamente. Ainda nessa fase é indispensável que ele esteja acompanhado de um adulto nesses momentos, para evitar acidentes. 

18 - Poder da massa As massinhas auxiliam na coordenação motora fina, pois possibilitam que a criança realize uma série de movimentos elaborados relacionados à pinça (formada na junção do polegar com os outros dedos da mão). A partir dos 2 anos, você já pode ajudá-lo a fazer bolinhas, bonecos, a esticar a massa e apertá-la... Só fique atento para que os menores não confundam a massa com o lanche, pois ela não pode ser engolida. 

19 - Pular amarelinha A partir dos 2 anos e meio, seu filho já é capaz de dar saltos com os dois pés juntos dentro dos dez quadrados que separam o céu do inferno. Assim, ele trabalha a noção de espaço, ao seguir as linhas traçadas no chão, e o equilíbrio. Por volta dos 4 anos, aprenderá a pular em um pé só. Mesmo antes disso, você pode incentivá-lo a tentar, segurando a sua mão. A partir dos 6, aumente o grau de dificuldade da brincadeira: ele terá de desviar de mais quadrados ou chegar até o outro lado em menos tempo. 

20 - “Eu coloco sozinho!” Aos 2 anos, seu filho começa a tentar se vestir sem ajuda, o que é ótimo para desenvolver a coordenação motora fina. Dê uma mãozinha selecionando calças com elástico, camisetas com a gola mais aberta e tênis com fechos de velcro. Com o ato de se vestir, ele também percebe a importância da sequência lógica – precisa, por exemplo, calçar a meia antes do sapato. Com 6 anos, já estará abotoando e desabotoando casacos como um adulto e até conseguirá amarrar os cadarços sem ajuda. 
Parte do conjunto 
Ter um lugar na família, ser aluno em uma sala de aula, pertencer a um grupo de amigos. tudo isso ajuda no desenvolvimento social, conservando a individualidade da criança 

21 - Barulhão do bem Ninguém gosta do som estridente da sirene de uma ambulância – muito menos um bebê, que ainda não entende o que esse ruído representa. No entanto, os sons estranhos fazem parte da diversidade do mundo e crescer é aprender a conviver com isso. Não tenha medo de expor a criança a barulhos fortes de vez em quando, desde que você mostre para ela o que está produzindo esse som. Assim, ela aumenta cada vez mais o seu repertório e percebe que não há motivo para se assustar. 

22 - Vamos dividir? É natural da criança a partir de 1 ano e meio achar que tudo é dela. Por isso, a melhor maneira de domar esse egoísmo inato é apresentar situações em que ela precise aprender a dividir – e nada melhor do que a hora de comer para exercitar a partilha. Quando receber os amigos do seu filho em casa, ou mesmo entre irmãos, sirva alimentos que podem ser consumidos a partir de uma vasilha comunitária, como pipoca, cenouras tipo baby e gomos de mexerica. Deixe as crianças decidirem o lugar em que a vasilha vai ficar ou quem vai segurá-la. 

23 - Regras da vida Seu filho vai conviver com muitas normas durante a vida: no trânsito, no trabalho, nas relações sociais. Por isso, é bom que ele se acostume aos pequenos imperativos do cotidiano desde cedo. A partir dos 2 anos, a criança já pode colocar a própria roupa suja no cesto, por exemplo. Aos 5, levar o próprio prato para a pia, e aos 8, ela já sabe que deve arrumar o quarto. 

24 - Cooperativa S.A. Mesmo que os pais desenvolvam tarefas em conjunto com os filhos, crianças se saem melhor quando interagem com outras crianças. Por isso, nada melhor do que atividades em grupo para que elas possam brincar (e aprender!) juntas. Pular corda, coisa que as crianças conseguem fazer por volta dos 4 anos, pode ser uma ótima chance de trabalhar em equipe: enquanto duas batem a corda, as demais se revezam para pular. Para definir os papéis a cada rodada, é essencial respeitar a vontade e o direito do outro. Se todas só quiserem pular, a brincadeira não vai para frente. 

25 - Entre amigos Algumas crianças são mais falantes e extrovertidas, outras ficam com as bochechas coradas só de ouvirem o próprio nome. Tudo bem, cada uma tem um temperamento diferente e não há nada de errado com isso – desde que não esteja atrapalhando a vida social do seu filho. Um estudo da Universidade de Miami (EUA) revelou que a timidez excessiva pode até prejudicar o desempenho escolar das crianças, pois impede que estejam plenamente engajadas nas atividades. O ponto-chave é que, para interagir, qualquer pessoa precisa de segurança. Por isso, um bom começo é estimular que a criança conviva desde pequena e com frequência com gente conhecida, como primos e filhos de amigos. É a partir dos 4 anos que seu filho vai buscar brincar com outras crianças em pequenos grupos. 

26 - “Ninguém me chamou” Seu filho de 4 anos chega chateado da escola porque todo mundo foi convidado para o aniversário de um amigo, menos ele. Assim como seu filho não é tão querido por um colega, ele também não gosta de todo mundo da sala da mesma maneira. E não há problema com isso, desde que não falte respeito. Para que a rejeição não tenha um peso tão grande, incentive o seu filho a cultivar núcleos de amigos diferentes: na praia, no parquinho, no futebol. Assim, quando ele não se encaixar em uma turma, não vai ser o fim do mundo. 

27 - Tente outra vez 
Põe o dedo aqui quem gosta de ganhar! Todo mundo, lógico. Mas perder acontece. A derrota não deve ser encarada como um fracasso e sim como uma oportunidade de identificar os erros e se preparar melhor para superar o desafio. Por isso, incentive seu filho a tentar outra vez quando ele não for o campeão da partida e desvie o foco do resultado final para os momentos divertidos da brincadeira. A partir dos 6 anos, jogos de tabuleiro podem ajudar seu filho a desenvolver um espírito de competição saudável. 

28 - Histórias do mundo Você sabia que existe uma variação africana da história da Cinderela? Chama-se As Belas Filhas de Mufaro e conta a história das irmãs Manyara e Nyasha, escrita pelo americano John Steptoe, premiado autor de livros infantis. Compartilhar com o seu filho contos de diversos lugares pode mostrar a ele que, por maiores que sejam as diferenças culturais, os valores são os mesmos e os seres humanos continuam escrevendo sobre amor, alegria e tristeza em todas as partes do mundo. Depois de ouvir a história, que tal encená-la utilizando bonecos de cores de pele distintas, com vestimentas de materiais diferentes? Comente sobre a variedade de cores, formatos, texturas e tamanhos e ressalte o que cada um dos bonecos tem de mais interessante. Esse exercício é bom principalmente depois dos 7 anos, quando a criança já faz referência a estereótipos e preconceitos. 

29 - Brincadeira reciclável Embalagens de alimentos costumam ser chamativas e atraentes, o que, logo de cara, pode despertar a curiosidade do seu filho. A partir dos 2 anos, ele tentará imitar atividades domésticas, então, peça ajuda para encher o saco de lixo reciclável – depois que as embalagens já estiverem lavadas, claro! – e explique que tudo o que vocês estão ensacando será transformado em novos objetos, em vez de parar na natureza. 
Latinstock/Hannah Mentz / Corbis
30 - Cuidar é animal Uma pesquisa do Instituto Max Planck revelou que crianças a partir de 3 anos já são capazes de se solidarizar com reclamações de pessoas próximas, procurando oferecer algum conforto a elas. Uma maneira de possibilitar que seu filho desenvolva esse “tomar conta” é trazer para a família um novo integrante – e não estamos falando de outro bebê! Com um animal de estimação, a criança aprende a zelar pelo outro, seja levando-o para passear ou ajudando a encher a tigela de ração. A partir dos 7 anos, ela pode ser responsável por algumas tarefas que envolvem seu novo amigo (que pode ser um peixe, um cachorro, uma calopsita...), mas ainda não tem condições de cuidar dele sozinho! 
Sentimentos pulsantes 

Medo, alegria, ciúme, raiva, ternura. Aos poucos, a criança aprende a reconhecer as próprias emoções, expressá-las e lidar com o que sente de maneira construtiva 

31 - Frio na barriga Aos 7 meses, seu filho começa a sentir medo na presença de estranhos, aos 8, teme quando os pais não estão por perto e, aos 9, sofre de ansiedade pela separação. Mostre que, mesmo que você saia para trabalhar, vai voltar. Uma boa ideia é oferecer um objeto que substitua a presença da mãe (pode ser um bichinho de pelúcia ou um paninho). Dos 2 aos 6 anos, crianças podem ter pesadelos, medo de bruxas e fantasmas. Como o medo é irracional, nem sempre pode ser combatido com uma explicação lógica, você pode recorrer a soluções “mágicas”. Acenda um abajur espanta bruxas ou coloque meias que manterão os fantasmas bem longe! Permita que seu filho manifeste seus temores, por exemplo, desenhando ou encenando situações que fazem as pernas tremerem. 

32 - De olhos fechados Estabelecer relações de confiança é importante para o desenvolvimento da criança. E as primeiras pessoas com quem ela faz isso são os pais. Para isso, um fator é essencial: jamais mentir. Se a criança vai ao médico para tomar uma vacina, nem pense em dizer que vocês vão apenas a um passeio. Se ele perguntar se a injeção vai doer, seja sincero e diga que vai, sim, mas vai passar. Os especialistas estão todos de acordo: desde bebê, explique tudo. Fale que vai molhar, que vai doer, que vai estar frio, assim seu filho sabe o que o espera e acredita no que você diz. 

33 - “Mas eu queeeeero!” Se jogar no chão, chorar até perder o fôlego, gritar: não é difícil reconhecer quando seu filho tem um ataque de birra. Normalmente, ele faz isso para tentar conseguir o que quer – e faz parte do crescimento entender que nem tudo vai obedecer à vontade dele. Nessas horas, a palavra de ordem é: calma! Coloque a criança no colo e diga que você está triste, que não gostou do comportamento dela e que, por isso, o passeio acabou. De acordo com um estudo brasileiro, 54% dos pais usam a conversa para estabelecer limites. É importante se manter firme depois de dizer “não”, porque, se você ceder, ele vai achar que esse é um bom método para fazer você mudar de ideia, mesmo que ainda tenha menos de 1 ano de idade. 

34 - Por conta própria A partir dos 2 anos, já dá para deixar seu filho responsável por carregar sua própria mochila ou levar seu casaco. Não se trata de obrigar a criança, mas sim de possibilitar que ela vá experimentando e conquistando autonomia. Assim, a criança aprende a ter responsabilidade sobre o que é seu. 

35 - Em construção Brinquedos de empilhar podem ajudar seu filho a desenvolver o autocontrole. Desde os 2 anos, ele já consegue amontoar três blocos, um sobre o outro. As crianças ficam superorgulhosas em ver os blocos coloridos chegando cada vez mais alto, mas a gente sabe que essa obra-prima da engenharia não vai durar muito tempo. É compreensível que o seu filho se irrite por ver tanto esforço perdido quando a torre incrível que construiu se estatelar no chão. Nessa hora, tente acalmá-lo, dê um abraço apertado e o encoraje a começar outra vez. 

36 - Falar de sentimentos Seu filho vai enfrentar diversas situações frustrantes, como ter de esperar a comida ficar pronta ou não poder sair para brincar por causa da chuva. Seu papel é ajudá-lo a expressar o que está sentindo, para aprender a lidar com as próprias reações. Uma dica é inventar uma história em que haja uma situação similar à vivida. Aos 3 anos, a criança usa palavras para expressar emoções, então, crie “falas” que transmitam o que ela (ops!) o personagem está sentindo. Para os maiores, entre 7 e 8 anos, uma boa ideia é dar de presente um diário, para que eles registrem tudo o que pensam de si mesmos e do mundo. Com essa idade, as crianças começam a reconhecer seus próprios sentimentos e, por vezes, preferem não compartilhá-los com os pais. Mas ainda assim, não desista de perguntar, observe e mostre que você se importa. 

37 - Fora do ninho Dormir fora de casa contribui para o desenvolvimento da independência da criança e é importante para ela perceber que possui tal autonomia. Autorizar ou não o programa depende do quanto você conhece a família anfitriã e, claro, do principal: o seu filho quer ir? Se ele estiver hesitante, não insista. Ele pode não estar pronto. Por volta dos 5 anos, os convites começarão a surgir e ele já terá condições de passar uma noite longe da própria cama. 

38 - Foi sem querer Sua filha de 5 anos está arrumando meticulosamente sua coleção de bonecas no sofá, quando o irmão mais novo chega e derruba tudo. Ela vai ficar furiosa! Isso acontece porque entre os 2 e os 7 anos, a criança julga os atos dos outros pelas consequências e não pela intenção com que eles foram praticados – esse é o motivo de tantos desentendimentos entre os pequenos! Mostre que a outra criança não teve a intenção de agir assim, reforce que não foi de propósito e ajude-a a remendar o estrago. 

39 - Aprendendo a esperar A fila da montanha-russa ou para encontrar o Papai Noel é uma ótima chance do seu filho (e de você também) exercitar a paciência. Nesses “intervalos”, cantar, imitar movimentos e inventar brincadeiras com palavras podem ser boas ideias para o seu filho aprender a esperar a vez sem se aborrecer. A partir dos 6 anos, quando as crianças já dominam os sons e têm maior consciência gramatical, trava-línguas podem ser uma boa ideia para o tempo passar mais depressa. 

40 - Reforce o lado bom Manere na hora de censurar as crianças, principalmente os menores. Segundo um estudo da Universidade de Leiden, na Holanda, crianças de até 8 anos aprendem com os elogios, mas não absorvem críticas. Parabenize seu filho quando ele for bom em alguma coisa, incentivando-o a continuar. Se dar bronca for realmente necessário, preste muita atenção à maneira de fazê-lo. Dizer “como você é malcriado” é bem diferente de falar “como você está malcriado”! Não deixe a criança pensar que o traço criticado faz parte da personalidade dela, assim, não vai incorporar essa característica à sua autoimagem. 

Fontes: Abram Topczewski, neuropediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Adriana Friedman, mestre em educação e fundadora da Aliança pela Infância (SP); Elvira Cristina Martins Tassoni, professora da pós-graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP); Luiz Bellizia Neto, pediatra do Hospital Albert Einstein (SP); Maria Carolina Villas Bôas, professora do Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz (SP); Maria Irene Maluf, psicopedagoga da Associação Brasileira de Psicopedagogia; Maria Isabel d´Ávila Freitas, professora do curso de Fonoaudiologia da UFSC (SC); Orly Zucatto Mantovani de Assis, coordenadora do laboratório de Psicologia Genética da Faculdade de Educação da Unicamp (SP); Saul Cypel, secretário do departamento científico de pediatria do comportamento e desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SP); Teresa Handion, mestre em Desenvolvimento Humano, Ensino e Aprendizagem e diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia; Vera Lucia Vilar de Araújo Bezerra, professora de Pediatria titular da Universidade de Brasília (DF); Revista crescer


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domingo, 2 de dezembro de 2012

Especialista fala sobre os prós e contras do uso da chupeta

Apesar de alguns benefícios, especialista afirma que a chupeta deve ser evitada



O bebê chora e a primeira distração que recebe é uma chupeta. A solução é imediata, a criança se aquieta enquanto suga o brinquedinho e os ouvidos e a paciência da mãe são poupados. Muitos médicos, contudo, são contra essa medida e reprovam por completo a sua adoção.
A chupeta, conhecida em inglês como "pacifier” ( ou “pacificadora”), tem realmente a utilidade de acalmar a criança, “mas com prejuízos”, diz o Dr. Luciano Borges Santiago, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria. Além da função de calmante, um estudo americano também afirma que o uso da chupeta pode prevenir a morte súbita (óbito inexplicável de crianças menores de um ano). Santiago deixa claro, no entanto, que essas constatações são apenas estatísticas e que, por tanto, o hábito traz mais efeitos nocivos do que benéficos.
O uso do brinquedo pode deixar os dentes tortos e deformar a arcada dentária. Além de causar problemas de mastigação e até mesmo de dicção mais para frente (já que a língua é forçada a fazer movimentos errados durante a sucção e fica despreparada para a articulação das palavras). Outro problema é a má respiração. “O corpo foi feito para receber o ar do ambiente pelo nariz, que o aquece, umidifica e limpa. Porém, a criança que mama chupeta frequentemente respira pela boca, levando o ar aos pulmões pela garganta, sem a hidratação e filtração adequadas. Isso pode causar irritações, infecções, bronquite e até pneumonia”, explica o médico.
Com tantas constatações negativas, entende-se que a chupeta deve ser evitada. Mas então surge a pergunta: aí a criança não vai passar a sugar o dedo? Segundo o pediatra, teoricamente o dedo faria menos mal, “afinal já está comprovado que o bebê chupa do dedo dentro da barriga da mãe”, porém o vício também não deve ser incentivado, já que pode deixar a mordida torta.
Mamar no peito já dá a satisfação necessária de sucção”, afirma Santiago, por isso quando a criança colocar o dedo na boca, dê “uma função para a mão dela”. Entregue um brinquedo como um mordedor, assim ela percebe que deve usar as mãozinhas para segurar, e não para sugar.
O problema pode chegar até mesmo às mães. Como o bebê aprende a mamar errado na chupeta, ele pode machucar o bico do seio. As fissuras podem criar feridas, que tornam-se infecções e desenvolvem a mastite. Mais tarde, isso pode levar até mesmo à deformidade da mama, que depois só pode ser corrigida com plástica.
O médico acredita que hoje em dia as pessoas querem “as coisas mais fáceis”, por isso optam por entregar a chupeta ao bebê ao invés de entender as causas do choro e resolver o problema. "Há também outros meios de se acalmar a criança, pegar no colo, fazer carinho, até mesmo cantar podem ajudar”, afirma.
Marina Finco

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Fonte: Daquidali.com.br

Até quando é normal a criança trocar letras na fala? Descubra e corrija o problema


Especialista dá dicas de como ajudar os pequenos a desenvolver melhor a fala

Quem não acha uma gracinha os erros de quem está começando a falar? Muitas vezes, pais, parentes e amigos tendem até a reproduzir os erros dos pequenos, fazendo piada. Porém, a repetição e a falta de preocupação com a pronúncia das palavras podem ser prejudiciais para a comunicação das crianças.


Segundo a vice-coordenadora do comitê de linguagem infantil da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Marina Puglisi, os primeiros sons produzidos são os das letras, b, p e m. “Eles são os mais fáceis pois são produzidos apenas com os lábios. Os filhos aprendem ao ver os pais falando e conseguem imitar”, explica. Por isso, as primeiras palavras que eles falam normalmente são “mama” e “papa”.
A partir daí, surgem os sons mais curtos, como o t, q, d. Os mais compridos, como com s e f, são mais difíceis de reproduzir. “A gente espera momentos diferentes para cada tipo de som”, explica a fonoaudióloga. Cada troca na fala é esperada até determinada idade: a repetição, como na troca de “sapato” por “papato”, é feita para simplificar a comunicação e deve ser eliminada até dois anos e meio.
Marina conta que a dificuldade maior fica por conta da junção de duas consoantes, em palavras como “preto”, “braço”, “planta”. Ou ainda, a consoante no final da sílaba, que também pode confundir, como nos vocábulos “porta”, “carta”, “pasta”.
A preocupação deve surgir caso o pequeno atinja os quatro anos e não possua ainda uma fala inteligível. “Não que ele não vá fazer trocas, como as do Cebolinha, por exemplo. Mas nessa idade a conversa já é compreensível”. Porém, não é preciso esperar a criança chegar a essa idade para procurar ajuda profissional. “Os pais precisam prestar atenção à fala dos filhos, se perceberem trocas graves que não conseguem ser corrigidas é preciso procurar uma avaliação”, conta.
Ajuda caseira
Marina dá duas dicas para ajudar a desenvolver as habilidades de conversação em casa:
1) Sempre que a criança falar errado, corrija-a, mas sem brigar ou pedir para repetir a palavra mil vezes. “Se seu filho disser: ‘quero aquele papato’, você simplesmente responde: ‘ah, você quer aquele sapato?’. O treino deve acontecer na situação em que as palavras aparecem, o contexto ajuda na compreensão”, conta.
2) Evite falar de forma errada com ela. “As pessoas tendem a falar de forma infantil com as crianças, porque acham bonitinho. Porém elas estão sendo expostas a um modelo errado e, com isso, vão falar errado”, conta.
Marina Finco

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Fonte: daquidali.com.br

sábado, 1 de dezembro de 2012

Soneca da tarde




O soninho tirado durante o dia por bebês e crianças, além de ser uma extensão do sono da noite, muitas vezes significa um descanso também para as mães. Mas, se seu filho já tem por volta de 3 anos, está na hora começar a mudar esse hábito!
O ideal é que a criança durma pelo menos dez horas por dia e a tendência é que a soneca seja abandonada. A criança já vai para a escola, tem mais atividades e não sente necessidade de dormir. Se seu filho não gosta de dormir de dia, tudo bem. Algumas crianças são mais agitadas e não precisam do sono diurno. E não adianta forçar. Será uma perda de tempo. O mais importante é que a criança durma bem à noite, pois é durante o sono profundo que são liberados os hormônios do crescimento


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Fonte: Revista Crescer

Hora da refeição mais divertida



Se o seu filho ainda se recusa a comer e na hora certa, não se abale tanto a ponto de compensar a refeição rejeitada oferecendo outras comidas, tipo batata frita ou salgadinhos. A solução mais indicada é esperar o horário da próxima refeição, quando a criança estará com mais apetite.
Você pode ainda adotar outras práticas que podem ajudá-la a criar um ambiente agradável na hora de comer.
– Deixe que a criança manipule os alimentos e leve-os à boca (faça isso num dia em que você está disposta a limpar a lambança depois da refeição ou não está com pressa).
– Respeite as preferências particulares (se você não suporta fígado, respeite seu filho não gostar de abobrinha), mas sempre volte a oferecer alimentos rejeitados anteriormente. Para gostar de certos tipos de comida é preciso prová-las muitas vezes; algumas crianças precisam experimentar até dez vezes (não seguidas, ok?).
– Se ainda assim nada der certo, tente o efeito Sportacus, o herói do desenho Lazy Town que come maçã, cenoura (os doces saudáveis) e ainda faz ginástica. Acredite, os pequenos ficam fascinados com a agilidade e a “espoletice” dele


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Gagueira em crianças




A partir dos 3 anos de idade, quando as crianças começam a adquirir um vocabulário mais amplo, é extremamente normal surgir uma dificuldade com a fala, chamada gagueira. A criança pensa numa velocidade muito rápida e a “língua” não acompanha. Enquanto umas pensam em silêncio, outras pensam em voz alta. Na ânsia de conversar, muitas vezes os sons saem “errados”, picados com sílabas repetidas. E, assim, parecem “gaguejar”. Esses aparentes erros recebem o nome de disfluências, que fazem parte do desenvolvimento infantil, do processo de aprendizagem da fala, e tendem a desaparecerem sozinhas. Algo que costuma diminuir por volta dos 4 anos e a desaparecer aos 6 anos. Já a gagueira verdadeira, além de não ser freqüente está associada a movimentos compensatórios. Por exemplo, enquanto a criança tenta falar, bate pés e mãos. Os motivos para esse tique são diversos, inclusive emocionais. Independentemente do tipo de gagueira, os pais não devem brigar com ela. Os especialistas orientam a evitar adiantar a fala, pedir que repita corretamente ou completar a frase, mesmo que a criança fale mais devagar. Quanto mais nervosa ficar, mas terá dificuldades de falar.
O diagnóstico da gagueira só pode ser feito aos 4 anos, quando a criança já responde às perguntas e constrói frases. Se ficar muito preocupado, converse na escola e verifique se o problema acontece lá. Caso as dúvidas persistirem, procure um fonoaudiólogo. 


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Separação dos Pais

Um assunto muito complicado...


A separação dos pais é sempre um assunto bastante delicado, pois implica em alterações profundas na vida da família. Se o assunto é difícil de ser superado pelos próprios adultos, imagine como é complexo para uma criança. Por isso, procure entender cada reação que se manifesta a partir desse momento.
Quando a separação acontece com filhos a partir de 3 anos, a criança pode ficar com medo do abandono, da perda do amor do pai ou da mãe e um sentimento de culpa. Como vive no mundo da fantasia, pensa que tudo aquilo que ela imagina acontece. Se um dia, por causa de uma bronca, desejou ir morar em outra casa, pode se sentir culpada pela separação imaginando que o pai ou a mãe saíram de casa como resultado do seu pensamento.
As crianças podem também regredir em relação a conquistas já feitas. Voltam a fazer xixi na roupa, não articulam as palavras tão bem quanto faziam. Podem ainda demonstrar raiva, angústia, agressividade, ter choros freqüentes e birras mais acentuadas, além de alterações de sono e de apetite, dores de cabeçavômitos e febre.
Para acalmar os conflitos emocionais dessa criança, é preciso muita conversa. Ela tem de perceber o interesse dos pais em seus sentimentos. Frases como “eu entendo que você esteja triste e que esteja sendo difícil” são importantes no diálogo entre os pais e o filho, pois ajuda a criança a se sentir compreendida e amparada.
É importante ainda que haja um canal pelo qual a criança expresse, ainda que inconscientemente, seus sentimentos. Podem ser desenhosjogos, brincadeiras, livros, simulações feitas com brinquedos e bonecos. Que haja, enfim, um espaço em que ela demonstre simbolicamente a raiva que sente dos pais, a sensação de abandono ou o que estiver em seu inconsciente. A criança provavelmente não entende tudo o que está acontecendo, mas, enquanto empurra os carrinhos, dá banho em uma boneca, ela projeta seus sentimentos e elabora os conflitos que está vivendo. 


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Chuva que assusta




Dia de chuva forte e muita trovoada é também dia de muito choro em casa. Fenômenos barulhentos da natureza, como trovões, ventanias e relâmpagos, costumam assustar e muito as crianças. Sem ter a capacidade de compreender os motivos do barulhão, elas podem ficar muito chorosas ao ouvir um estrondo provocado por um trovão, por exemplo.
O passo mais importante para acalmá-las é controlar a si próprio, pois os filhos estão sempre muito atentos à reação dos pais. Logo, fique tranqüila para tranqüilizar. Caso você ou a pessoa com quem ela estiver demonstrar medo, a criança só vai se assustar ainda mais. (Aliás, isso acontece também quando a criança cai. Se os pais fazem um escândalo, ela também chora mais pela balbúrdia feita entre os adultos do que pelo machucado).
Outro recurso que pode ser colocado em prática é usar a própria chuva para contar pequenas histórias que o acalmem. A premiada escritora Ana Maria Machado fez tanto isso com os filhos quando eles eram pequenos que acabou escrevendo livros como “A Moura Torta e Outras Histórias”, da série Histórias à Brasileira, da Companhia das Letrinhas. Depois que a chuva acabava, a criançada não queria saber de outra coisa senão ficar sentada e continuar prestando a atenção às aventuras de bichos, príncipes ou princesas. Ao chamar a atenção da criança, você muda o foco de preocupação dela. Dá também para recorrer a brincadeiras como “beber” água da chuva com a mãozinha. Seu filho vai se divertir. 


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Gripe, Gripe e mais gripe



Sua decisão foi a de colocar o filho na escola com pouco mais de 2 anos? Se a resposta for sim, fique atenta aos preparativos. Além de todas as providências inerentes à situação, como comprar uniforme, material escolar, mochila e lancheira, convém se preparar para freqüentar o pediatra regularmente. 

Tudo porque, ao entrar na escola, a criança pode enfrentar de oito a 14 infecções virais num ano, que atacam em geral nariz e garganta. As gripes se instalam nessa fase por causa do contato diário com colegas que podem estar contaminados por vírus. O contágio é facilitado porque a criança ainda não formou uma memória imunológica, adquirida com as infecções. Ela fica gripada toda vez que o corpo é invadido por um vírus novo e é assim que o seu organismo cria anticorpos. Cada vez que a criança entra em contato com o mesmo vírus, os sintomas da infecção tendem a ser mais amenos, às vezes inexistentes. Existem centenas de vírus e, até que o organismo aprenda a se defender, a criança contrai muitas infecções. O número diminui bastante ao longo do segundo ano escolar, garantem os pediatras. 


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